Meio Ambiente

Brasil concentra 71,9% das queimadas na América do Sul nas últimas 48h

Nos últimos dois dias, o Brasil concentrou 71,9% de todas as queimadas registradas na América do Sul. De acordo com dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 7.322 focos de incêndio nas últimas 48 horas até a sexta-feira (13).

Na sequência, aparecem Bolívia com 1.137 focos (11,2%), Peru com 842 (8,3%), Argentina com 433 (4,3%) e Paraguai com 271 (2,7%) focos de queimadas nas últimas 48 horas.

Considerando o acumulado do ano, até a data de ontem, o Brasil registrou 180.137 focos em 2024, 50,6% dos incêndios da América do Sul. O número é 108% maior em relação ao mesmo período de 2023, quando foram anotados 86.256 focos entre janeiro e 13 de setembro.

Entre os estados brasileiros, Mato Grosso lidera o ranking, com 1.379 registros nas últimas 48 horas, seguido por Amazonas, com 1.205, Pará, com 1.001, e Acre, com 513 focos. O município com o maior número de queimadas no período é Cáceres (MT), que teve 237 focos nas últimas 48 horas. Novo Aripuanã (AM) e São Félix do Xingu (PA) vêm logo atrás com 204 e 187 focos de incêndio, respectivamente.

A Amazônia foi a região mais afetada, concentrando 49% das áreas atingidas pelo fogo nas últimas 48 horas. Na sequência, aparecem o Cerrado (30,5%), a Mata Atlântica (13,2%), o Pantanal (5,4%) e a Caatinga (1,9%).

Ações coordenadas

A Polícia Federal (PF) aponta que há indícios de que parte dos incêndios florestais no país pode ter ocorrido por meio de ações coordenadas.

A hipótese de ação humana em parte das queimadas que assolam o país também já foi levantada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que determinou medidas para o enfrentamento aos incêndios na Amazônia e no Pantanal.

O uso do fogo para práticas agrícolas no Pantanal e na maior parte da Amazônia está proibido e é crime, com pena de dois a quatro anos de prisão.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, associados a essa prática, os incêndios florestais no Brasil e em outros países da América do Sul são intensificados pela mudança do clima, que causa estiagens prolongadas em biomas como o Pantanal e Amazônia. Em 2024, 58% do território nacional são afetados pela seca. Em cerca de um terço do país, o cenário é de seca severa.

Além das consequências para o meio ambiente, o grande volume de queimadas no país tem pressionado o sistema de saúde e causa preocupação, principalmente envolvendo idosos e crianças com problemas respiratórios. Por causa dos incêndios, cidades em diversas partes do país foram atingidas por nuvens de fumaça, o que prejudica a qualidade do ar.

As orientações para a população nessas regiões são evitar, ao máximo, a exposição ao ar livre e a prática de atividades físicas.

Redação

Recent Posts

O Sfrega e os reflexos econômicos em Senhor do Bonfim: tradição junina resiste e impulsiona a economia local

Senhor do Bonfim mantém força econômica do São João após pausa prolongada do do Forró…

3 horas ago

Municípios baianos endividados promovem festas juninas de grande porte em 2025

Dados do Ministério Público da Bahia apontam cidades com dívidas milionárias investindo em eventos com…

4 horas ago

Segurança Reforçada: Senhor do Bonfim recebe novas viaturas e armamentos para PM

Entrega de fuzis e viaturas fortalece policiamento no Piemonte Norte do Itapicuru.

5 horas ago

Municípios do Piemonte Norte do Itapicuru investiram R$ 13 milhões em contratações artísticas para o São João 2025

Dados apontam liderança de Senhor do Bonfim e Jaguarari em valores investidos; Não temos dados…

5 horas ago

Loteamentos avançam em Senhor do Bonfim e Ponto Novo, mas sete municípios seguem estagnados

Dados revelam concentração de novos parcelamentos urbanos em poucas cidades e ausência total em outras…

22 horas ago

Empreendedorismo em alta: Senhor do Bonfim se consolida como capital dos negócios na região

Município alcança 60,7 pontos e se destaca pela força do setor privado local. Campo Formoso…

22 horas ago