Senhor do Bonfim

Guerra de Espadas: Senhor do Bonfim caminha para regulamentação da tradição com apoio de polo pirotécnico mineiro

Em um marco histórico para a cultura popular do Piemonte Norte do Itapicuru, a Associação Cultural dos Espadeiros de Senhor do Bonfim (ACESB) deu um passo decisivo rumo à regulamentação da tradicional Guerra de Espadas.

Nos dias 24 e 25 de abril, representantes da entidade estiveram em Santo Antônio do Monte (MG), maior polo pirotécnico do Brasil, para assinar um Termo de Cooperação Técnica com o Sindicato das Indústrias de Explosivos de Minas Gerais (SINDIEMG).

A comitiva, liderada pelo presidente Alex Barbosa, acompanhada dos diretores Darlan Valverde e Rodrigo Wanderley Pezão, e pelo fogueteiro Reinaldo Joaquim, visitou também o Centro de Excelência em Pirotecnia do SENAI-MG, conhecendo de perto processos seguros de fabricação e certificação.

Rumo à legalização da tradição

A assinatura do termo simboliza um novo capítulo para a tradição, que nos últimos anos enfrentou severas restrições legais por falta de regulamentação na produção das espadas.

Agora, a ACESB trabalha para criar uma fábrica certificada em Senhor do Bonfim, seguindo normas de segurança e exigências do Exército Brasileiro.

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O projeto inclui estudos de viabilidade, testes laboratoriais, elaboração de dossiês técnicos e o desenvolvimento de um modelo certificado de espada. A meta é garantir a continuidade da Guerra de Espadas de maneira segura e legal.

Desenvolvimento econômico e geração de empregos

Além do impacto cultural, a regulamentação abre caminho para fortalecer a economia local. A implantação da fábrica promete gerar empregos diretos e indiretos, estimular o comércio junino e impulsionar o desenvolvimento regional.

Próximos passos

Entre as próximas etapas, está a estruturação do projeto da fábrica e a continuidade das ações conjuntas com universidades locais.

A ACESB participa da Comissão Mista que visa reconhecer o São João de Senhor do Bonfim como patrimônio cultural imaterial, em parceria com a UNIVASF, e integra grupo de estudos com a UNEB para mitigar riscos à saúde durante a prática.

A entidade reafirma seu compromisso de preservar a cultura, promover a segurança e garantir a tradição da Guerra de Espadas para as futuras gerações.

Redação

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