Renovação da Ferrovia Centro-Atlântica será condicionada à manutenção do trecho Minas-Bahia

Renovação dependerá da continuidade da operação do trecho entre Minas Gerais e Bahia
© Foto: Reprodução

A renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), gerida pela VLI, dependerá da continuidade da operação do trecho entre Minas Gerais e Bahia, conforme destacou o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Theo Sampaio.

A declaração foi feita durante o 1º Seminário de Investimentos e Oportunidades da Infraestrutura em Minas Gerais, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte.

“Essa é uma condicionante do governo federal: só há renovação com a permanência desse trecho”,

afirmou Sampaio, reforçando que o volume de carga transportado e a relevância do trecho para os estados envolvidos tornam a operação indispensável. Ele ressaltou ainda que o modelo a ser adotado será discutido em audiência pública, visando viabilidade econômica para todos os envolvidos.

O secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), Pedro Bruno, afirmou ao Diário do Comércio que o governo mineiro trabalhou em conjunto com o governo da Bahia para garantir a continuidade da operação entre Corinto (MG) e Campo Formoso (BA).

“Estamos bastante otimistas com a manutenção desse trecho, que é a única ligação ferroviária entre o Sudeste e o Nordeste do Brasil”, disse.

Durante uma audiência pública em Belo Horizonte, a ANTT informou que a saída de um cliente da VLI poderá reduzir em 50% o volume transportado no trecho já em 2025, mas reforçou a garantia da continuidade da operação. Mesmo com uma queda inicial, projeções indicam que, ao longo da nova concessão, a redução total no volume transportado será de apenas 9%.

O secretário Pedro Bruno também defendeu a realização de um estudo técnico para viabilizar um novo trecho ferroviário entre Pirapora (MG) e Luziânia (GO), passando por cidades como Brasilândia de Minas e Unaí, criando um corredor para o transporte de grãos. Ele explicou que essa expansão é essencial para a “nova fronteira agrícola” no norte mineiro, promovendo o desenvolvimento econômico regional.

Além disso, o governo estadual propôs que a VLI participe financeiramente do reassentamento de famílias que vivem em áreas irregulares na faixa de domínio da ferrovia em Belo Horizonte, onde será construída a linha 2 do metrô.

“A VLI deve contribuir com a remoção, pois a área deveria estar protegida, e as famílias estão em situação de risco”, pontuou Pedro Bruno.

O compartilhamento da FCA para transporte de cargas e passageiros também está em estudo. Sampaio explicou que essa possibilidade está sendo analisada pelo governo federal e dependerá de um modelo que garanta sustentabilidade financeira ao projeto.

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