Originalmente, as terras que abrigam o Território de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru eram habitadas por Pataxós, Tapuias e, posteriormente, pelos invasores portugueses, incluindo os catequizadores.
A formação do território tem estreita relação com o fato de ser uma área de passagem entre o litoral e o Rio São Francisco, constituídos os municípios mais antigos, como Senhor do Bonfim, Campo Formoso e Jaguarari, por antigos vilarejos que nasceram do trânsito de viajantes e nativos. As atividades que dinamizaram o desenvolvimento do território foram a pecuária e a exploração mineral, especialmente de ouro e pedras preciosas.
Dentre as manifestações culturais estão a corrida de argolinha, as festas de reis e as bandas de pífano. As festas juninas e o que é próprio da cultura sertaneja, como a culinária em torno do bode, as vaquejadas e o artesanato de fuxico também caracterizam a cultura do território. As cavernas e grutas, como a Toca da Boa Vista, em Campo Formoso, atraem turistas e estudiosos; esta inclusive pelo seu acervo espeleológico e extensão.
A quantidade de projetos de assentamento de fundo de pasto mostra a importância da criação de caprinos e ovinos no território, de modo sustentável, em mais de 41 mil ha e com 32 comunidades representando cerca de mil famílias.
Ainda em relação à formação cultural do território, 57 comunidades quilombolas (certificadas e identificadas) são registradas, com destaque para os municípios de Campo Formoso e Filadélfia
Campo Formoso, como já mencionado, possui um patrimônio espeleológico e, também, arqueológico, abrangendo dois sítios pré-coloniais e de arte rupestre.
Fonte: PERFIL DOS TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE DA BAHIA – SEI