A força da economia solidária está ganhando novos contornos no semiárido baiano, especialmente nos municípios do Piemonte Norte do Itapicuru.
Com o apoio do CESOL (Centro Público de Economia Solidária), a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) está transformando a realidade de centenas de famílias por meio de um acompanhamento contínuo, humanizado e estratégico.
Em cidades como Senhor do Bonfim, Jaguarari, Andorinha, Antônio Gonçalves, Pindobaçu e Filadélfia, o trabalho da ATeG já atinge diretamente mais de 1.100 pessoas, organizadas em 179 Empreendimentos Econômicos Solidários (EES).
Os impactos já são visíveis: quase R$ 165 mil em receitas geradas apenas entre janeiro e abril deste ano, fortalecendo a geração de renda, autonomia comunitária e autoestima regional.
A metodologia da ATeG vai além da orientação técnica. Ela valoriza os saberes locais, escuta os trabalhadores e cria planos de ação personalizados.
Além disso, conecta os grupos a ferramentas como o Fundo Rotativo Solidário e o Credibahia, fundamentais para acesso a crédito e estruturação dos negócios.
Rede solidária em construção
Até o final de 2025, será formalizada a AMANORTE – Rede de Economia Popular e Solidária do Piemonte da Diamantina e Municípios, uma articulação coletiva que pretende ampliar o acesso aos mercados e valorizar os produtos da agricultura familiar.
O CESOL também marca presença em eventos estratégicos, como as Feiras de Economia Solidária de Senhor do Bonfim e Jaguarari — esta última dentro do Ecofestival do Café, na Serra dos Morgados, além de iniciativas previstas para o segundo semestre.
Expansão além das fronteiras locais
Os produtos dos empreendimentos da região estão ganhando novos espaços em centros urbanos maiores, como Juazeiro, Salvador e Lauro de Freitas, o que demonstra o potencial competitivo da produção local.
A ação conjunta entre o CESOL, o SENAR, instituições de ensino, cooperativas e prefeituras reafirma que o desenvolvimento regional pode ser solidário, sustentável e, acima de tudo, coletivo.