Bolsonaro é denunciado pela PGR por tentativa de golpe e pode virar réu

A denúncia aponta que Bolsonaro e seu grupo teriam elaborado um decreto para invalidar as eleições e buscar apoio militar para uma ruptura institucional
© Imagem: Reprodução / Saulo Cruz / Agência Senado

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 aliados, acusando-os de liderar uma organização criminosa armada com o objetivo de romper a ordem democrática e se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022.

A peça acusatória baseia-se, principalmente, nos relatos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que teria detalhado à Polícia Federal a existência de reuniões estratégicas para viabilizar a intervenção.

Segundo a PGR, o plano foi discutido em encontro com os comandantes das Forças Armadas em dezembro de 2022.

🚨 Em um agravamento do caso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que Bolsonaro sabia de um plano para assassinar o presidente Lula e, segundo a denúncia, não se opôs à conspiração. Para a PGR, o ex-presidente exercia um papel central na articulação do suposto golpe.

O impacto político e institucional da denúncia

Caso a denúncia seja aceita pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro se tornará réu e responderá a um processo penal, o que poderá resultar em uma condenação e, em último caso, até em sua prisão.

As acusações incluem crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano ao patrimônio da União.

Esse desdobramento gera forte impacto no cenário político.

A oposição intensificou a pressão pela responsabilização do ex-presidente, enquanto aliados de Bolsonaro denunciam suposta perseguição política e questionam a imparcialidade do processo.

Parlamentares da direita argumentam que a decisão da PGR ocorreu em um momento estratégico para desviar o foco dos desafios enfrentados pelo governo atual.

Reações e estratégias políticas

Bolsonaro e sua defesa classificaram a denúncia como uma construção baseada exclusivamente na delação de Mauro Cid, que teria mudado suas declarações ao longo do tempo.

Segundo a defesa, em dois anos de investigações, nenhuma prova concreta teria sido encontrada para vincular o ex-presidente às alegações apresentadas.

O embate jurídico e político que se desenha deve marcar os próximos meses no Congresso Nacional e no debate público.

A esquerda, fortalecida pelo avanço da denúncia, tenta consolidar a narrativa de que houve uma tentativa concreta de ruptura institucional.

Já a base bolsonarista se mobiliza para sustentar a tese de perseguição política e reforçar a imagem do ex-presidente como vítima do sistema.

Independentemente do desfecho, o caso se torna um dos mais emblemáticos da história recente do Brasil, com potencial para redefinir o equilíbrio de forças no cenário político nacional.

 

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