O Brasil registrou sua pior nota no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024, ocupando a 107ª posição entre 180 países avaliados.
Com 34 pontos, o país se aproximou de nações como Argélia, Nepal e Níger. Esse resultado representa um retrocesso significativo no combate à corrupção no setor público.
Retrocessos no combate à corrupção
Comparado a 2023, o Brasil caiu três posições e perdeu dois pontos, quando ocupava o 104º lugar e marcava 36 pontos.
O relatório da Transparência Internacional, responsável pela avaliação, apontou diversas falhas que contribuíram para a piora.
Entre elas, estão a falta de transparência em programas governamentais, como o Novo PAC, e a ausência de ações efetivas contra a corrupção.
A instituição destacou ainda a presença de casos de desvio de verbas parlamentares, corrupção em órgãos públicos e recusas do governo em atender pedidos de acesso a informações públicas.
Influência do crime organizado
Outro ponto mencionado pela Transparência Internacional é a interferência do crime organizado em instituições estatais brasileiras. Essa influência, segundo o relatório, compromete a integridade do setor público e dificulta a implementação de políticas efetivas contra a corrupção.
Histórico no ranking
As melhores colocações do Brasil no IPC ocorreram em 2012 e 2014, quando alcançou a 69ª posição com 43 pontos. Em contraste, o pior desempenho anterior foi registrado em 2019, com 35 pontos e a 106ª posição.
Desafios futuros
Os resultados reforçam a necessidade de medidas mais rígidas para combater a corrupção. Especialistas apontam que maior transparência em programas governamentais e um fortalecimento das instituições públicas são passos essenciais para reverter esse cenário.
A análise completa está disponível no relatório da Transparência Internacional, que detalha os desafios enfrentados pelo Brasil e outros países avaliados.