Uma nova forma de organizar a economia vem ganhando força na Bahia. Longe do modelo tradicional centrado no lucro e na concentração de renda, os Centros Públicos de Economia Solidária (CESOL) estão mudando a realidade de centenas de empreendimentos coletivos espalhados por todo o estado.
Atualmente, 17 CESOLs estão em operação.
Eles oferecem suporte técnico, capacitação em gestão e estrutura para a produção e comercialização de produtos regionais.
O modelo atende cooperativas, associações e grupos produtivos formados majoritariamente por mulheres, que representam cerca de 70% dos empreendimentos.
Piemonte Norte do Itapicuru é representado pelo CESOL Piemonte da Diamantina
Na região do Piemonte Norte do Itapicuru, o destaque é o trabalho realizado pelo CESOL Piemonte da Diamantina e Municípios, que acompanha 169 empreendimentos solidários cadastrados. Cidades como Senhor do Bonfim e Jacobina concentram boa parte dessas iniciativas.
Com atendimento gratuito, o CESOL da região atua no desenvolvimento de identidade visual, rótulos e escolha de embalagens, além de oferecer acesso ao Fundo Rotativo Solidário e suporte na participação em feiras e mercados convencionais.
Um dos casos de sucesso é o do café Serra dos Morgados, que, após o apoio do CESOL, melhorou sua apresentação, ampliou sua visibilidade e passou a alcançar novos mercados, mantendo a tradição do cultivo artesanal com mais competitividade.
Economia solidária mostra força e potencial de expansão
Além do apoio direto à produção e comercialização, os CESOLs fortalecem o senso de pertencimento e autonomia de milhares de trabalhadores.
Hoje, são 23 espaços físicos de venda em funcionamento, e o governo do estado já planeja expandir para 24 unidades.
Os resultados mostram que, quando há estrutura e incentivo, os empreendimentos coletivos conseguem crescer com base em valores como cooperação, sustentabilidade e valorização do território.
Na Bahia, a economia solidária não é apenas uma alternativa: é um caminho real de desenvolvimento social e econômico.