O cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor neste domingo, 19 de janeiro de 2025, às 11h15 no horário local (6h15 em Brasília), conforme anunciado pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

A trégua foi formalizada após o Hamas entregar os nomes das três reféns que seriam libertadas hoje: Romi Gonen, de 24 anos, Emily Damari, de 28 anos, e Doron Steinbrecher, de 31 anos, sequestradas durante os ataques realizados pelo grupo em outubro de 2023.

O início do cessar-fogo atrasou quase três horas em relação ao horário inicialmente previsto, devido à demora na entrega da lista de reféns pelo Hamas.

Nesse período, as operações militares continuaram e deixaram pelo menos 26 mortos na Faixa de Gaza antes da trégua entrar em vigor.

Nesta primeira fase do acordo, que deve durar seis semanas, está prevista a libertação gradual de 33 reféns israelenses em troca de aproximadamente 1.900 prisioneiros palestinos detidos por Israel.

Além disso, o pacto inclui a entrada de ajuda humanitária em Gaza, permitindo que caminhões com alimentos e suprimentos cruzem as fronteiras para atender à população local, devastada pelo conflito.

O cenário em Gaza reflete a gravidade da guerra que se estendeu por 15 meses, resultando em mais de 46 mil mortes de palestinos e deslocando 90% da população local.

A reconstrução da região é um desafio de longo prazo, com especialistas estimando que levará anos para reerguer a infraestrutura básica e atender às necessidades da população.

Apesar de o cessar-fogo ser uma esperança de alívio para os moradores de Gaza, permanece o ceticismo quanto à sua durabilidade.

Autoridades israelenses temem que o Hamas use o período de trégua para rearmar suas forças, enquanto líderes palestinos pedem atenção às causas profundas do conflito para alcançar uma paz verdadeira e duradoura.