Como a nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental pode afetar a mineração, a agricultura e o turismo no Piemonte Norte do Itapicuru

Nova Lei de Licenciamento Ambiental pode acelerar obras e projetos no Piemonte Norte, mas também preocupa ambientalistas.
© Imagem / Divulgação / Acervo do Portal

A recente aprovação da Lei Geral do Licenciamento Ambiental (LGLA) pelo Senado reacendeu o debate sobre o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Com a introdução de um novo tipo de licença simplificada para projetos prioritários, os impactos podem ser sentidos diretamente em setores estratégicos do Piemonte Norte do Itapicuru, na Bahia.

Mineração: agilidade ou risco para comunidades tradicionais?

Municípios como Campo Formoso, Jaguarari e Pindobaçu possuem forte presença de atividades mineradoras, sobretudo na extração de esmeraldas, quartzo, manganês e outros minerais. A simplificação do licenciamento pode facilitar a abertura de novos projetos, atraindo investidores.

Entretanto, especialistas alertam que a redução de etapas e de exigências de estudos ambientais pode aumentar o risco de degradação do solo, contaminação de nascentes e impactos sobre comunidades quilombolas e rurais. A fiscalização municipal e estadual tende a ser o grande desafio nesse novo cenário.

Agricultura irrigada: Ponto Novo e Caldeirão Grande atentos ao uso da água

O perímetro irrigado de Ponto Novo e áreas produtivas de Caldeirão Grande podem ser diretamente impactados pela nova legislação. Com a possibilidade de licença por adesão e compromisso, empreendimentos de menor impacto, como pequenas barragens, sistemas de irrigação e estufas agrícolas, podem obter autorização de forma mais ágil.

Contudo, entidades ambientais alertam para o risco de subnotificação de impactos cumulativos, como o uso intensivo de recursos hídricos, assoreamento de rios e uso de agrotóxicos em larga escala.

Turismo rural e ambiental: proteção ou flexibilização em áreas sensíveis?

Regiões como o distrito de Igara (Senhor do Bonfim), áreas serranas de Antônio Gonçalves e formações naturais de Campo Formoso são procuradas para turismo ecológico e de aventura. Empreendimentos como pousadas, trilhas, campings e mirantes precisarão se adequar às novas regras, que prometem mais clareza e menos burocracia.

Por outro lado, áreas de preservação permanente (APPs) e reservas legais correm risco de ocupação irregular caso a flexibilização não venha acompanhada de forte fiscalização e participação social.

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