O recente aumento de R$ 0,22 por litro no preço do diesel, anunciado pela Petrobras, promete repercutir diretamente na economia brasileira.
Com mais de 65% da carga transportada por rodovias, o reajuste deve impactar tanto os caminhoneiros quanto o consumidor final.
Reajuste do diesel eleva frete
Especialistas estimam que o aumento do diesel pode gerar um reajuste de até 2,5% no custo do frete.
O diesel, que compõe cerca de 35% do custo operacional dos transportadores, é um dos principais insumos do setor de logística no Brasil.
Assim, qualquer elevação no preço do combustível é repassada ao mercado, afetando diretamente o preço final dos produtos.
Grandes empresas conseguem, em geral, adiar o repasse desses custos, mas os caminhoneiros autônomos ajustam os preços de maneira mais imediata.
Esse cenário agrava a pressão sobre os consumidores, principalmente em relação aos alimentos.
Alimentos sofrem os maiores impactos
Os alimentos, especialmente os básicos como arroz e feijão, são os primeiros a sentir os reflexos do aumento no diesel.
O arroz, por exemplo, já acumula uma alta de mais de 20% nos últimos 12 meses, reflexo não apenas do frete mais caro, mas também de custos de produção e distribuição elevados.
A inflação no grupo de alimentos e bebidas registrou um aumento de 7,69% em 2024, bem acima da média geral de 4,83%.
O índice é alarmante, considerando que, em 2023, esse grupo havia subido apenas 1,03%. Para as famílias brasileiras, o custo da cesta básica continua sendo uma preocupação central.
Caminhos para mitigar os efeitos
Especialistas sugerem incentivos para maior eficiência logística e alternativas energéticas para reduzir a dependência do diesel.
Contudo, soluções estruturais levam tempo, e os consumidores devem continuar sentindo os impactos no curto prazo.