Senhor do Bonfim, Bahia — Nos dias 03 e 04 de junho de 2025, o Calçadão de Senhor do Bonfim se transformou em palco de criatividade, afeto e desenvolvimento regional com a realização da IIIª Feira da Economia Solidária. O evento reuniu 20 empreendimentos solidários — urbanos e rurais — representando municípios do Piemonte Norte do Itapicuru, como Bonfim, Jaguarari, Antônio Gonçalves, Saúde, Caém, Andorinha e Jacobina.
A expectativa para essa edição da Feira da Economia Solidária sempre foi alta, mas o que vimos superou tudo. Ver 20 empreendimentos ocupando o Calçadão com tanta criatividade, coragem e compromisso com o território nos enche de orgulho. Esse evento mostra que é possível gerar renda, fortalecer a cultura local e construir um modelo de economia mais justo e humano. É sobre plantar sementes de futuro com o que temos de mais valioso: nossa gente.” — Railton Xavier, Coordenador de Articulação do Cesol
O que foi destaque na Feira da Economia Solidária 2024
A programação contou com exposição e comercialização de produtos sustentáveis, orgânicos, reciclados e artesanais, além de apresentações culturais e espaços de convivência. A feira destacou:
- Produtos agroecológicos e ecológicos, como adubos naturais e alimentos orgânicos
- Artesanato regional com matérias-primas recicladas, sementes e couro
- Sabões e vassouras ecológicas, com reaproveitamento de óleo e garrafas PET
- Alimentos típicos da culinária nordestina, feitos de forma artesanal
- Peças de decoração, lembranças e utilidades domésticas feitas à mão
Economia solidária, cultura e sustentabilidade
O evento valorizou empreendimentos comprometidos com práticas sustentáveis, fortalecimento da economia popular e solidária, geração de renda local e protagonismo comunitário. Cada banca representava não apenas um produto, mas uma forma alternativa e justa de produzir e viver em rede.
Para Romário Meira, presidende da Adesba,
A Feira da Economia Solidária não é só um espaço de venda — é uma vitrine viva da potência produtiva do nosso território. Nosso objetivo com essa iniciativa é dar visibilidade aos empreendimentos solidários, fortalecer os produtos locais e fomentar a política pública da economia solidária como um caminho real de geração de renda e autonomia para quem vive do seu próprio trabalho. Mais do que apoiar, a ADESBA atua como assessoria de mercado. A gente cuida da parte que muita gente invisibiliza: qualidade do produto, embalagem adequada, rotulagem correta, precificação justa e solidária. Porque o produto da economia solidária não é menor — ele é digno, competitivo e feito com consciência social e ambiental. Queremos que o consumidor entenda que, ao comprar desses empreendimentos, ele não leva só um produto pra casa — ele movimenta a economia local, apoia uma rede de trabalho coletivo e ajuda a construir um outro modelo de desenvolvimento, mais humano e inclusivo.
A presença do público foi constante ao longo dos dois dias, com destaque para o envolvimento das famílias bonfinenses e visitantes, que tiveram a oportunidade de conhecer de perto a diversidade da produção coletiva e as soluções sustentáveis criadas no próprio território.
Impacto social e fortalecimento do território
Mais do que vendas, a feira promoveu o fortalecimento da economia circular, o apoio a pequenos produtores e o reconhecimento da cultura do fazer manual como potência transformadora. O evento também reafirmou a importância de políticas públicas e parcerias para o desenvolvimento territorial com justiça social e inclusão produtiva.