O Panamá anunciou sua saída da Nova Rota da Seda, um projeto econômico global liderado pela China.
A decisão, comunicada nesta semana, ocorre após questionamentos sobre o impacto e a efetividade do acordo, firmado em 2017.
O que é a Nova Rota da Seda?
Lançada em 2013, a Nova Rota da Seda conecta a China a 150 países por meio de investimentos em infraestrutura, como portos, ferrovias e rodovias.
Desde seu início, o projeto movimentou mais de US$ 1 trilhão. Inspirado na antiga rota comercial que ligava a China à Europa, o objetivo atual é ampliar o comércio global e fortalecer parcerias estratégicas.
O Panamá desempenhou papel crucial no projeto, sendo um elo entre a Ásia e as Américas devido ao Canal do Panamá, responsável por 6% do comércio marítimo mundial.
Motivos para a saída
A justificativa panamenha aponta que apenas 12% dos US$ 2,3 bilhões prometidos pela China para investimentos portuários foram entregues.
Além disso, a saída ocorreu logo após a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, que sugeriu a necessidade de limitar a influência chinesa no país.
Os EUA, principal cliente do Canal do Panamá até hoje, expressaram preocupações com o aumento do controle econômico da China na região.
A declaração gerou um debate sobre o futuro do canal, que representa 3% do PIB panamenho e deve movimentar US$ 5,6 bilhões neste ano.
Impactos geopolíticos e comerciais
A saída do Panamá pode sinalizar uma mudança na dinâmica geopolítica da América Latina, especialmente em relação à influência econômica da China.
Países próximos estão observando de perto os desdobramentos, já que a Nova Rota da Seda continua sendo uma das principais estratégias comerciais globais.