Donald Trump anunciou, nesta quarta-feira (12), que ele e Vladimir Putin concordaram em iniciar negociações para um cessar-fogo na Ucrânia.
A declaração gerou preocupações em Kyiv e entre aliados europeus, principalmente devido à possibilidade de concessões territoriais.
Trump defende concessões territoriais
Trump afirmou que, para alcançar um acordo de paz, a Ucrânia precisará ceder territórios ocupados pela Rússia.
“É improvável que a Ucrânia recupere todo o seu território ou que entre para a OTAN,” declarou.
A posição dos Estados Unidos inclui a exclusão da adesão da Ucrânia à OTAN e o reconhecimento de territórios controlados pela Rússia. Trump argumentou que o objetivo principal é parar a guerra e salvar vidas, sem se preocupar com detalhes territoriais.
Reação de Kyiv e aliados europeus
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, declarou apoio às negociações, mas reiterou a necessidade de segurança para o país.
“Ninguém quer a paz mais do que a Ucrânia,” disse, após conversa com Trump.
Entretanto, autoridades europeias criticaram a abordagem dos EUA. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, destacou que retornar às fronteiras pré-2014 da Ucrânia seria inviável. Essa posição foi interpretada como uma aceitação tácita da anexação da Crimeia e de outras regiões ocupadas pela Rússia.
Europa busca maior participação
Ministros europeus pediram maior envolvimento nas negociações, argumentando que o futuro da segurança no continente não deve ser decidido apenas por EUA e Rússia.
“A paz duradoura na Ucrânia exige a participação da Europa,” afirmou o ministro francês Jean Noël-Barrot.
As negociações seguem com incertezas. Enquanto Trump busca finalizar um acordo, especialistas alertam que concessões excessivas podem incentivar novas demandas da Rússia.