Vendas no comércio registram maior alta desde 2012
As vendas no comércio varejista cresceram 4,7% em 2024, a maior alta desde 2012, quando o setor avançou 8,4%. Em dezembro, houve variação negativa de 0,1% na comparação com novembro, o que indica estabilidade.
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, aponta que o setor farmacêutico foi o principal responsável pelo crescimento anual, com expansão de 14,2%.
Alta nas vendas impulsionada pelo setor farmacêutico
O volume de vendas do comércio varejista atingiu sucessivos recordes ao longo do ano, alcançando seu maior nível em outubro.
O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceu 14,2%, seguido por Veículos e motos, partes e peças (11,7%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,1%).
Já o segmento de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançou 4,6%.
De acordo com o IBGE, a estabilidade nos últimos meses do ano não representa um enfraquecimento do setor, mas sim a manutenção de um patamar elevado de vendas.
Setores que apresentaram queda
Nem todos os segmentos acompanharam o crescimento geral.
O setor de Livros, jornais, revistas e papelaria recuou 7,7%, mantendo a tendência de queda impulsionada pela digitalização.
O Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo teve retração de 7,1%, enquanto Combustíveis e lubrificantes registraram queda de 1,5%.
Desempenho do varejo ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, encerrou o ano com crescimento de 4,1%. O setor de veículos teve alta de 6,8%, enquanto Material de construção avançou 2,0%.
No entanto, houve retração de 8,1% no Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo.
Perspectivas para 2025
Especialistas apontam que a manutenção da trajetória de crescimento dependerá da evolução da renda e do crédito. Com a inflação sob controle e políticas de incentivo ao consumo, o varejo pode manter o ritmo positivo ao longo do próximo ano.
Com informações do IBGE