Golpes com Pix crescem, assustam e expõem uma dura realidade: poucos brasileiros sabem como reagir após serem enganados.
O sistema de pagamento instantâneo que revolucionou as finanças no Brasil se tornou também campo fértil para fraudes.
Em um país onde 7 a cada 10 pessoas usam o Pix diariamente, a confiança é grande, mas a proteção ainda é falha.
Segundo o estudo da fintech Silverguard, 9% da população já caiu em algum golpe via Pix.
Mas esse número pode ser ainda maior, já que muitos não denunciam.
A pesquisa mostra que 78% das vítimas caíram mais de uma vez. Em média, os prejuízos chegam a R$3 mil — valor que dobra ou até triplica entre idosos.
O desconhecimento sobre o MED favorece os golpes com Pix
Lançado em 2021 pelo Banco Central, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) deveria ser a principal ferramenta para reaver valores enviados a golpistas.
Porém, apenas 10% da população sabe o que é e como funciona esse recurso.
Das tentativas de devolução via MED, 70% são rejeitadas.
A maioria dos pedidos falha por motivos simples: falta de saldo na conta do criminoso ou encerramento rápido da conta após o golpe. O tempo é um fator crucial — quanto mais cedo o banco é acionado, maiores as chances de recuperar o dinheiro.
Golpes com Pix se iniciam pelas redes sociais
A pesquisa aponta que 7 em cada 10 fraudes começam nas redes da Meta, como WhatsApp, Facebook e Instagram.
A estratégia dos golpistas é quase sempre a mesma: uma narrativa envolvente, promessas de lucro rápido ou pedidos urgentes de ajuda.
Entre os golpes mais comuns estão os de lojas falsas, parentes em apuros e investimentos milagrosos.
Idosos perdem mais e demoram para reagir
Os dados mostram que pessoas com mais de 60 anos perdem, em média, oito vezes mais dinheiro que os jovens. Também são mais propensas a buscar ajuda presencialmente em agências bancárias, o que atrasa a ativação do MED e diminui as chances de sucesso.
Falta informação, sobra prejuízo
A maioria das vítimas sequer registra boletim de ocorrência. Apenas 1 em cada 10 consegue o dinheiro de volta — mesmo que parcialmente.
O estudo ainda revela que 80% das vítimas não entraram na justiça por achar que “não daria em nada”.
A insegurança digital cresce com a popularização do Pix.
E enquanto os golpes com Pix crescem, muitos seguem desprotegidos.
A pressa em confiar custa caro. A informação, neste caso, pode ser a única chave para escapar de prejuízos maiores.
SOS Golpe oferece ajuda gratuita para vítimas
Diante da desinformação generalizada, iniciativas como o site www.sosgolpe.com.br surgem como suporte essencial.
Criado pela Silverguard, o SOS Golpe oferece atendimento gratuito via WhatsApp, com orientações imediatas para quem caiu em algum golpe digital.
A plataforma disponibiliza protocolos especializados para acionar o MED de forma correta e rápida, aumentando as chances de recuperação do valor perdido.
Além disso, o site funciona como um canal de denúncia e educação, ajudando a mapear contas fraudulentas e alertar novos usuários.
É uma rede de proteção que tem feito diferença na vida de quem se viu sozinho após um golpe.