A Câmara Municipal de Senhor do Bonfim deu mais um passo importante para a preservação da cultura local. Na manhã desta sexta-feira (16), uma reunião interinstitucional reuniu representantes do Ministério Público, das Polícias Militar e Civil e da Associação Cultural dos Espadeiros de Senhor do Bonfim (ACESB) para discutir caminhos legais e seguros para a regulamentação das tradicionais guerras de espadas.
O encontro ocorre em um momento simbólico, logo após a aprovação do Projeto de Lei nº 003/2025, que reconheceu oficialmente a ACESB como entidade de utilidade pública municipal. Com esse respaldo institucional, a associação poderá representar os espadeiros de forma ainda mais ativa junto aos poderes públicos.
Durante a reunião, os promotores Felipe Pazolla e Isabela Santana defenderam o equilíbrio entre legalidade e respeito à cultura popular. “O Ministério Público atua para garantir que a tradição e a lei caminhem lado a lado, preservando o multiculturalismo que compõe nossa sociedade”, afirmaram.
A Polícia Militar esteve representada pelos Majores Teixeira e Robson, que reforçaram o compromisso da corporação com a segurança e o respeito às manifestações culturais. Já o delegado Jailson Teixeira, da Polícia Civil, se colocou à disposição para colaborar na construção de soluções equilibradas.
Darlan Valverde, vice-presidente da ACESB, destacou o simbolismo do momento para a história dos espadeiros. Já o presidente da entidade, Alex Barbosa, agradeceu à Câmara e às instituições pelo apoio à regulamentação da prática de forma segura e respeitosa.
Entre os parlamentares presentes, destacaram-se Sarah do Niltão, Weslen Aquino e Jeorge Catatau, que enfatizaram o valor cultural e turístico das guerras de espadas para o município.
O presidente da Câmara, vereador Ary Urbano, reafirmou seu compromisso com a causa: “Como Secretário de Cultura propus a criação de um espadódromo. Agora, como presidente do Legislativo, sigo firme defendendo a tradição com responsabilidade.”
A reunião reforça o protagonismo do Legislativo bonfinense na defesa das tradições do município e abre novos caminhos para um modelo de regulamentação cultural que una segurança, legalidade e identidade regional.