O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do Censo Demográfico 2022 que revelam o retrato religioso dos nove municípios do Piemonte Norte do Itapicuru, na Bahia.
A região ainda é majoritariamente católica, mas chama atenção o avanço das igrejas evangélicas e o crescimento do número de pessoas que se declaram sem religião.
Em Senhor do Bonfim, maior cidade da região com 74.523 habitantes, 42.042 pessoas se declaram católicas, 13.398 são evangélicas e 5.024 afirmam não seguir nenhuma religião.
Já em Campo Formoso, com população de 71.377 habitantes, os católicos somam 5.988, enquanto os sem religião totalizam 3.297 e os evangélicos, 1.642.
Em Jaguarari, 21.149 se declaram católicos, 4.621 evangélicos e 854 não possuem religião, em uma população de 32.703 habitantes.
Pindobaçu também segue o padrão: entre os 19.083 moradores, 9.083 são católicos, 4.949 evangélicos e 2.227 não têm religião.
Em Ponto Novo, dos 17.938 habitantes, 10.695 são católicos, 2.917 evangélicos e 1.392 sem religião.
Filadélfia, com 15.889 habitantes, registra 10.475 católicos, 3.969 evangélicos e 723 pessoas sem religião.
No município de Andorinha, entre os 15.012 habitantes, 10.748 se identificam como católicos, 1.430 como evangélicos e 639 afirmam não seguir nenhuma crença religiosa.
Antônio Gonçalves, com 10.862 habitantes, apresenta 5.733 católicos, 1.807 evangélicos e 1.620 pessoas sem religião.
Por fim, em Caldeirão Grande, com população de 13.080 pessoas, 5.988 se identificam como católicos, 1.642 como evangélicos e 3.297 como sem religião.
Um retrato em transformação
Apesar da predominância católica em todos os municípios, os dados do IBGE revelam uma tendência de pluralização religiosa.
Em algumas cidades, como Campo Formoso e Caldeirão Grande, o número de pessoas sem religião se aproxima ou supera o de evangélicos, refletindo mudanças socioculturais mais amplas.
Para pesquisadores e líderes religiosos da região, os dados são um convite ao diálogo inter-religioso e à reflexão sobre os novos perfis de fé e espiritualidade que emergem no interior da Bahia.