O IPCA de janeiro de 2024 apresentou alta de 0,16%, o menor índice para o mês desde o início do Plano Real, em 1994.
Os dados, divulgados ontem pelo IBGE, mostram uma redução de 0,36 ponto percentual em comparação a dezembro, quando o índice foi de 0,52%.
Apesar da marca histórica, o número ficou levemente acima da expectativa do mercado financeiro, que projetava 0,14%.
Alimentos e bebidas seguem em alta
O grupo de alimentos e bebidas registrou aumento de 0,96%, marcando o quinto mês consecutivo de alta.
Os alimentos consumidos em casa subiram 1,07%, enquanto a alimentação fora de casa teve variação de 0,67%. Esses itens continuam pressionando o orçamento das famílias brasileiras.
Transportes e habitação têm impactos opostos
O grupo de transportes foi o maior responsável pela alta do índice em janeiro, com aumento de 1,3%.
Em contrapartida, o setor de habitação registrou uma queda de 3%, influenciada principalmente pela redução de 14% no preço médio da energia elétrica.
Contexto e desafios
O IPCA mede o impacto da inflação no poder de compra da população.
Quando o índice sobe, o dinheiro perde valor, reduzindo o que é possível adquirir com a mesma quantia.
Mesmo com a redução em janeiro, a pressão sobre preços essenciais, como alimentos e transportes, segue como um desafio para consumidores e para o governo.
O IBGE, responsável pela pesquisa, enfrenta o desafio de manter a confiança pública após recentes mudanças em sua equipe de liderança.
Com o menor IPCA registrado para janeiro em 30 anos, os números reforçam a importância de estratégias econômicas que estabilizem os preços e garantam o poder de compra da população.