Municípios baianos endividados promovem festas juninas de grande porte em 2025

Dados do Ministério Público da Bahia apontam cidades com dívidas milionárias investindo em eventos com atrações nacionais.
Municípios baianos endividados promovem festas juninas de grande porte em 2025

BAHIA – Um levantamento divulgado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) acendeu o alerta sobre a destinação de recursos públicos em cidades com alto nível de endividamento. Segundo os dados, diversas prefeituras baianas acumulam dívidas expressivas enquanto promovem festas juninas com grandes estruturas e atrações de renome, como Cacau com Leite, Psirico, Manu Bahtidão e Paula Fernandes.

Entre os municípios listados, destaca-se Juazeiro, com o maior saldo devedor: R$ 133 milhões.

Em seguida aparecem Porto Seguro, com mais de R$ 77 milhões, e Caravelas, com R$ 5,4 milhões em dívidas. Mesmo com esse cenário fiscal preocupante, todas essas cidades estão entre as que organizaram festividades juninas de grande porte neste ano.

Veja o saldo devedor atualizado dos municípios citados:

  • Juazeiro – R$ 133.067.343,57
  • Porto Seguro – R$ 77.173.421,08
  • Caravelas – R$ 5.465.341,18
  • Camaçari – R$ 4.757.782,58
  • Alagoinhas – R$ 2.399.843,76
  • Ilhéus – R$ 1.725.813,28
  • Ibicaraí – R$ 1.410.903,02
  • Senhor do Bonfim – R$ 620.477,32
  • Teixeira de Freitas – R$ 253.765,82

O Ministério Público tem manifestado preocupação com esse tipo de gasto, alertando para o risco de desequilíbrio fiscal e prejuízo a áreas prioritárias como saúde, educação e infraestrutura.

Senhor do Bonfim: tradição cultural e contas públicas

No caso de Senhor do Bonfim, o município aparece com uma dívida inferior às demais — R$ 620 mil — mas ainda assim enfrenta o dilema de conciliar tradição cultural e responsabilidade fiscal.

A cidade é conhecida por realizar um dos maiores São Joões da Bahia, atrai milhares de visitantes, gerando empregos temporários e impulsionando o comércio.

Tradição x Responsabilidade Fiscal

O debate gira em torno de uma questão-chave: até que ponto o investimento em cultura pode ser considerado estratégico frente a cenários de endividamento?

Para o MP-BA, os gestores públicos devem priorizar o equilíbrio financeiro, mesmo diante da relevância cultural e econômica das festas juninas.

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