Pantanal: seca avança no Rio Paraguai, e os níveis devem chegar às mínimas históricas
Pantanal: seca avança no Rio Paraguai, e os níveis devem chegar às mínimas históricas
Estações monitoradas pelo Serviço Geológico do Brasil, em municípios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estão com cotas abaixo do esperado para o período.
Por Redação
Com chuvas abaixo da média na região do Pantanal, os níveis dos rios da Bacia do Rio Paraguai seguem em processo de descida acentuada. Em todas as estações monitoradas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as cotas estão abaixo do esperado para o período. Os dados são apresentados no novo boletim de monitoramento hidrológico , publicado na quarta-feira (7) e também foram compartilhados na Sala de Crise da bacia, promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
As projeções indicam que, neste ano, podem ser registradas cotas negativas em Ladário (MS) a partir deste mês de agosto, conforme explica o pesquisador em geociências do SGB, Marcus Suassuna: “Mesmo que até setembro chova a média para o período, o ano hidrológico (outubro/2023 a setembro/2024) vai acumular menos chuva do que em 2021, quando aconteceu a segunda pior seca do histórico e o rio chegou na cota de -60 cm. Em 1964, o Rio Paraguai chegou à cota de -61 cm”.
Os dados têm como base as medições em Ladário (MS) – estação de referência. Nessa estação, a última cota registrada foi de 35 cm, enquanto a média histórica é de 4,08 m. Na estação do Forte Coimbra, no município de Corumbá (MS), a cota está na marca de -80 cm, sendo que a média é de 3,66 m. Já em Aquidauana (MS), o nível está na cota de 1,55 m – a média é 2,62 m.
Nos municípios de Mato Grosso, o cenário também é grave. Em Barra do Bugres (MT), a cota é de 37 cm, quando o esperado seria de 70 cm. Em Cáceres (MT), o Rio Paraguai está na marca de 48 cm, enquanto a média histórica é de 1,69 m. Já em Cuiabá (MT), a última cota observada foi de 92 cm, um pouco abaixo do esperado, que seria de 1,09 m. Na capital, contudo, os níveis do rio são regularizados pela Usina Hidrelétrica de Manso, localizada a montante da capital do estado.
Apoio aos municípios para abastecimento de água
Desde fevereiro, o SGB vem alertando para o cenário de seca no Pantanal, em decorrência do déficit de chuvas na região. Além de realizar o monitoramento, o SGB também apoia os municípios com o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS), em períodos de crises hídricas.
O SIAGAS é um repositório de poços perfurados no Brasil, e sua base tem mais de 371 mil poços cadastrados, com 14 mil poços na Região Centro-Oeste. Disponível para consulta pública, apresenta informações sobre fontes de águas subterrâneas. Desse modo, permite que sejam identificados poços dos quais seja possível extrair água para uso doméstico, industrial, para irrigação ou outras finalidades.
Esse é um projeto de expressiva importância no atual cenário de gestão de políticas públicas, tanto em nível nacional, como estadual e sub-regional.
Com chuvas abaixo da média na região do Pantanal, os níveis dos rios da Bacia do Rio Paraguai seguem em processo de descida acentuada. Em todas as estações monitoradas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as cotas estão abaixo do esperado para o período. Os dados são apresentados no novo boletim de monitoramento hidrológico , publicado na quarta-feira (7) e também foram compartilhados na Sala de Crise da bacia, promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
As projeções indicam que, neste ano, podem ser registradas cotas negativas em Ladário (MS) a partir deste mês de agosto, conforme explica o pesquisador em geociências do SGB, Marcus Suassuna: “Mesmo que até setembro chova a média para o período, o ano hidrológico (outubro/2023 a setembro/2024) vai acumular menos chuva do que em 2021, quando aconteceu a segunda pior seca do histórico e o rio chegou na cota de -60 cm. Em 1964, o Rio Paraguai chegou à cota de -61 cm”.
Os dados têm como base as medições em Ladário (MS) – estação de referência. Nessa estação, a última cota registrada foi de 35 cm, enquanto a média histórica é de 4,08 m. Na estação do Forte Coimbra, no município de Corumbá (MS), a cota está na marca de -80 cm, sendo que a média é de 3,66 m. Já em Aquidauana (MS), o nível está na cota de 1,55 m – a média é 2,62 m.
Nos municípios de Mato Grosso, o cenário também é grave. Em Barra do Bugres (MT), a cota é de 37 cm, quando o esperado seria de 70 cm. Em Cáceres (MT), o Rio Paraguai está na marca de 48 cm, enquanto a média histórica é de 1,69 m. Já em Cuiabá (MT), a última cota observada foi de 92 cm, um pouco abaixo do esperado, que seria de 1,09 m. Na capital, contudo, os níveis do rio são regularizados pela Usina Hidrelétrica de Manso, localizada a montante da capital do estado.
Apoio aos municípios para abastecimento de água
Desde fevereiro, o SGB vem alertando para o cenário de seca no Pantanal, em decorrência do déficit de chuvas na região. Além de realizar o monitoramento, o SGB também apoia os municípios com o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS), em períodos de crises hídricas.
O SIAGAS é um repositório de poços perfurados no Brasil, e sua base tem mais de 371 mil poços cadastrados, com 14 mil poços na Região Centro-Oeste. Disponível para consulta pública, apresenta informações sobre fontes de águas subterrâneas. Desse modo, permite que sejam identificados poços dos quais seja possível extrair água para uso doméstico, industrial, para irrigação ou outras finalidades.
Esse é um projeto de expressiva importância no atual cenário de gestão de políticas públicas, tanto em nível nacional, como estadual e sub-regional.
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