Nesta segunda-feira (23), a Polícia Federal (PF) deflagrou a segunda fase da Operação Overclean, focada em combater fraudes em licitações e desvios de recursos públicos na Bahia.
A ação, realizada em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), incluiu quatro mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão.
Operação atinge três cidades baianas e Brasília
Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em Salvador, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista e também em Brasília.
Além disso, a Justiça determinou o afastamento cautelar de um servidor público e o bloqueio de bens avaliados em R$ 4,7 milhões.
Fraudes bilionárias e apoio de agentes públicos
A Operação Overclean investiga esquemas de superfaturamento de obras e desvios de recursos públicos ligados a emendas parlamentares e convênios.
De acordo com a PF, os prejuízos já ultrapassam R$ 1,4 bilhão, afetando, em grande parte, o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs).
O esquema também contava com o apoio de policiais, que vazavam informações sigilosas à organização criminosa, comprometendo investigações.
Primeira fase e avanços nas investigações
A primeira etapa da operação, realizada no dia 10 de dezembro, desvendou como o grupo direcionava recursos para empresas e pessoas próximas a prefeituras baianas.
Com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal, as autoridades agora avançam para desarticular completamente a organização.
Crimes investigados
Os alvos da segunda fase estão sendo investigados por diversos crimes, incluindo:
- Fraudes em licitações
- Corrupção ativa e passiva
- Lavagem de dinheiro
- Obstrução de justiça
A PF segue trabalhando para identificar outros envolvidos e garantir que os recursos públicos sejam devidamente aplicados.