Cinco pessoas foram resgatadas de condições análogas à escravidão durante uma operação conjunta realizada entre os dias 5 e 8 de novembro, no oeste baiano.
Entre os resgatados, está um trabalhador de 70 anos que, por 17 anos, trabalhou sem salário como caseiro em uma chácara entre Barreiras e São Desidério, vivendo em condições precárias e sem acesso ao valor de sua aposentadoria.
Os outros quatro resgatados atuavam em uma fazenda de eucalipto, realizando trabalhos exaustivos e sem os direitos básicos assegurados.
A operação, organizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU), Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH) e Polícia Rodoviária Federal, encontrou os trabalhadores em situações deploráveis.
Sem instalações sanitárias e forçados a realizar suas necessidades básicas e banhos ao ar livre, eles viviam em locais sujos, sem energia elétrica, e sem acesso a água potável adequada. A fiscalização também constatou a falta de equipamentos de proteção e treinamento básico para as atividades de risco que desempenhavam, como o manuseio de motosserras.
Além de garantir a liberação imediata dos trabalhadores, os auditores fiscais notificaram os empregadores a formalizarem contratos, pagarem verbas rescisórias e pararem de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão. A operação contou com o suporte de assistência social dos municípios, e o MPT já considera medidas jurídicas para indenização das vítimas.